"A aversão à calculadora e tecnologias em geral, cria barreiras virtuais na mente de quem tem de resolver problemas reais..." - Eu.
Eu vou ser honesto: não gosto muito da forma como se continua a impor e como se usam as calculadoras no ensino pré-universitário actual, mas esse assunto fica para outro dia.
Quanto ao ensino alegadamente superior (aquele "alegadamente" por mim, nunca mais desaparece dali, devia ser a designação oficial de ensinos universitários e politécnicos)...
Desde 1995, ano em que entrei como aluno no ensino alegadamente superior, eu ouço e testemunho disparares bem graves, de várias naturezas, de quem devia saber melhor, para o cargo que ocupa (e algumas pessoas são prepotentes, pá, a humildade nunca fez mal nenhum a ninguém - eu, em vez de disparatar investigo, pergunto, e não gosto de fazer figuras tristes).
Hoje em dia, há livros, acções de formação, há vídeos online, ainda há manuais em pdf.
Normalmente as pessoas só são ignorantes se não tiverem curiosidade, se forem arrogantes ou preguiçosas.
Eu ao preparar os meus textos sobre cónicas para o (meu) blog Z0nα Exact4, consultei um dos meus cadernos com programas de calculadora, de 1995-99.
Esses cadernos existem porque eu não tinha computador. Sem computador os programas eram escritos directamente na calculadora e, para serem guardados eram escritos à mão, em cadernos.
[Aqueles cadernos que levam as pessoas, na sua ignorância e na sua incapacidade de compreender que não têm capacidade para compreender, a achar que aquilo é informática]
Na altura a memória (das calculadoras) era pouca.
Comentar código era desperdicio de memória... e na altura eu tinha tudo na cabeça (aliás, aquilo foi escrito numa viagem de autocarro, "em cima do joelho").
O código não está comentado. Nem nos meus cadernos.
Eu escrevi para as calculadoras Casio, um Cónicas 1.0 para a fx-6300G (em 1994), um Cónicas 2.0 para a Cfx-9800G (em 1995/96, a versão final é de 1996). Converti esse de 1996 para as máquinas actuais, mas não estou contente com a conversão (tem para lá uns bugs que não existem na versão original, e em vez de fazer debuging prefiro escrever uma coisa mais moderna em pseudocódigo, e converter para as minhas máquinas actuais com algumas coisas que aprendi nos últimos 29 anos).
Casio costuma ser retrocompatível, mas neste programa em particular, eu usei uma estrutura que desapareceu das máquinas Casio actuais (...)
O que esses programas de Cónicas faziam está um bocadinho longe do que as aplicações pré-definidas nas calculadoras actuais fazem, por isso consultei esses cadernos, estou a fazer engenharia reversa ao meu código de 1996.
(Aquilo é "código esparguete", mas como o autor fui eu, consigo decifrar o que fiz e escrever um pseudo-código adaptável para as minhas calculadoras actuais-Estou a documentar em vídeo... depois decido o que fazer com esses vídeos)
Consigo escrever um código Python para a minha Numworks, e vou fazê-lo, até vou partilhar em vídeo, mas não quero partilhar o código.
É Matemática, não tem nada ilegal, não é complicado, (em 1996 eu escrevi-o em cima do joelho numa viagem de autocarro), tem a ver com o que eu disse há dias num post neste blog:
"A comunidade académica que eu conheci não merece contribuições minhas.".
PS: eu não sou patrocinado por nenhuma marca de calculadoras.
A minha primeira calculadora gráfica programável foi Casio e eu nem tive voto na matéria.
Foi um prémio, por eu ter resolvido um problema... de Matemática.
Sabem? Eu sou matemaníaco.