quarta-feira, 11 de junho de 2025

Tabus ... no mundo académico

Dormir com dores físicas é complicado. Hoje partilho mais uma de muitas histórias.
Dedico esta aos imbecis (há um dicionário neste blog para quem precisar) que tentam/tentaram me desacreditar, silenciar, fazer a vida negra ao longo dos anos.

Quando eu estava no 3° ano da licenciatura (1997/1998) estive hospitalizado e isolado por 1 mês.
Praticamente sem visitas.

Quando me deram alta revelaram-me que eu tinha uma doença crónica.

 Ao regressar às aulas tive uma cadeira, onde eu não aprendia nada... o professor limitava-se a ler acetatos muitas vezes com erros. 

(Erros que até o meu colega mais baldas detectava...)

Eu entendia daquele assunto sem ter de ir às aulas... tinha lido imenso na minha juventude. Deixei de ir às aulas e fui apenas ao exame. Fiquei sentado à frente do professor.
Quando saíram as pautas, o meu nome, em vez de uma nota, tinha uma estrela à frente e uma nota de rodapé para contactar o professor.

Ao chegar lá fui acusado de fraude/copianço, sem hipótese de defesa. 

Não vi o meu teste, até hoje não sei as causas da acusação, só suspeitas, nada de certezas. Ninguém me deu hipótese de defesa (!), se eu nem sequer sabia o motivo da acusação... (WTF? Não é?)
Queria expulsar-me. 

Fui para casa... passei duas semanas a ver/rever cassetes VHS LP com 8 horas de episódios de Star Trek Voyager.

Não estudei nada. Deram-me hipótese de ir à época seguinte. Na época seguinte, na pauta... a nota mais alta era a minha (que nem era grande coisa... foi um 16).
Eu fui a nota mais alta de todas as épocas. 

Nunca sequer ninguém se deu ao trabalho de me perguntar se realmente copiei (Não, não cometi nenhum tipo de fraude, mas ao longo dos anos percebi que a verdade não interessa...).
Nunca vi o exame.
Não sei nem nunca vou saber o motivo da acusação.

Sabem o pior? Não foi a única situação académica em que estive envolvido em que a verdade não interessa a ninguém. 

E não falo de um ou dois casos. Várias, já no século XXI.

Portanto, isto é só mais um tabu no século XXI.

Estereótipos, ideias pré-concebidas, falta de transparência, prepotência,não podem ter lugar no meio científico nem no meio académico. 


PS:
  • Dali, nunca veio sequer, um pedido de desculpa[s]...
  • "Não foi a única situação académica em que estive envolvido em que a verdade não interessa a ninguém." - Alguém notou que utilizei o presente do indicativo? Garanto que não foi engano...
  • (2025/07/18) Este é tipo de situação que nos faz questionar a forma de lidar com prepotência académica. Já leram muitas histórias minhas, mas esta foi a primeira vez que lidei com um "pdf invertido" académico. E estava bem longe de ser a única. Eu dei aulas no ensino superior. Repararam que raramente conto histórias dessa altura? Não é que não as haja. Este artista... foi meu colega.
  • (2025/07/18) Uma das histórias de quando dei aulas, explica quando e como me converti ao Linux.
    Já a contei.
    Está online, num dos meus blogs que já não recebe actualizações.
    Se algum dia alguém tiver curiosidade de pesquisar, pode dar-me o link, para eu colar aqui.
    Não a vou repetir..
    Também envolve prepotência, mas de outro tipo.

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