quarta-feira, 17 de setembro de 2025
Ética
Fez ontem um ano em que fui hospitalizado com uma vértebra partida.
Um ano sem trabalhar, sem vencimento, sem subsídios... Nada.
Mas um ano em que várias situações relacionadas com (falta de) ética me apareceram à frente.
Eu deveria ficar chocado com todas elas mas, infelizmente, não!
Afinal ainda existem intocáveis. A alegada igualdade, equidade e outros conceitos apregoados e mesmo sem tocar na chamada "agenda woke". Não passam de ficção.
Não falo de 1998, nem de 1999.
Nem de 2004.
Falo no presente. 2025. Século vinte e um!
Não preciso de sair de casa.
Será que devia ficar chocado? Nesta terra, o esquema em pirâmide TelexFree teve muitos aderentes.
Em vários textos anteriores os leitores viram vários climas de impunidade (e até de incompetência) com que me cruzei.
Portanto... é suposto eu ficar chocado? Já não consigo. Perdi a capacidade.
Muita gente perdeu o meu respeito.
O simples facto de eu dirigir a palavra a algumas pessoas, mostra mais respeito do que merecem.
Algumas a quem nem dirijo a palavra... deviam ter vergonha por não ouvirem o que merecem ouvir.
Também sei que não resolveria nada, essas pessoas não se sentem.
São imbecis, ou umbigocentristas, atravessaram a linha da decência e já não conseguem voltar atrás.
Afinal, não ter ética compensa.
Fecham-se os olhos arbitrariamente, apontam-se os dedos não a culpados, mas a pessoas de quem os donos dos dedos não gostam.
Fazem-se "juizos de valor" por gosto e sem julgamento. E não falo de julgamentos em praça pública.
Por outras palavras... notas sem avaliação.
Aquela cara é mais gira, merece perdão, mesmo depois de ter enganado ou tentado enganar muita gente. Aquele é feio. Esteve doente, mas isso não interessa. Merece um castigo.
Justiça de fachada. Ética de gente que se considera superior. Ética de intocáveis...a quem tudo é permitido.
Éticas que quero longe, dos meus novos rumos.
Vendo bem... as dores, por mais incómodas que sejam, são mais decentes do que muito "boa" gente.
terça-feira, 16 de setembro de 2025
sábado, 13 de setembro de 2025
Política de morte...
Eu não concordo que se utilize a morte para fazer politiquice. Mortes não naturais devem ser julgadas nos sítios próprios e não em praça pública/redes sociais, onde muitas vezes quem abre a boca fala como se estivesse embriagado/a ou tivesse o cérebro desligado. E pior: tem sempre apoiantes.
Portanto, não gosto de ver pessoas que não fazem ideia do que se passou a exigir demissões.
Como no caso do elevador da Glória...
Por outro lado, eu não sou hipócrita.
Não vou falar bem de cabrões que me lixaram a vida, nem depois de mortos.
Provavelmente até digo no funeral 'pena que não tenha partido mais cedo... por exemplo, antes de ter me conhecido'.
sexta-feira, 12 de setembro de 2025
Pela boca morre o peixe, quando o peixe vai ao isco
quinta-feira, 11 de setembro de 2025
Igualdade
A vida não é igual para todos. Por vezes somos julgados, condenados, insultados até publicamente frente a desconhecidos, por gente que não tem a mínima noção do que enfrentámos.
Falar é fácil. Só que "Liberdade de expressão" requer responsabilidade. Há muita gente que me complicou a vida, e nunca pagou por isso.
Nem estou a falar do post recente "Julho 2004".
A imagem refere-se à desigualdade entre homens e mulheres no mundo laboral.
Mas a verdade é que o mundo é bem mais desigual do que homens vs mulheres.
Como o leitor habitual dos meus blogs já percebeu, nem mesmo notas académicas representam grande coisa sem sabermos a história por detrás delas.
Publico este post por um mundo com menos "pdf's invertidos".
Até à próxima.
quarta-feira, 10 de setembro de 2025
Dores monetárias
Hoje é um daqueles dias em que as dores estão particularmente más e eu estou deitado no sofá, a escrever ao telemóvel. A pensar que se calhar eu deveria escrever algo lucrativo.
Não há lucro na verdade... no meu passado.
Nem há lucro num blog com poucas visitas.
Curiosamente, este blog tem menos visitas que o Zona Exacta (https://zonaexacta.blogspot.com) e foi aceite na plataforma adsense, ao passo que os de Matemática, com muito mais visitas, bem... foram recusados pelo Adsense por "falta de originalidade nos conteúdos".
Mesmo com dores não consegui deixar de rir.
terça-feira, 9 de setembro de 2025
Julho, 2004
—Boa tarde. O professor já corrigiu os nossos trabalhos?
—Olá, boa tarde. Não. Tenho os vossos trabalhos no servidor, mas não consigo aceder. Começo a achar é que devia tê-los copiado para a minha pen.
(Uns minutos depois.)
Não, continuo a não conseguir. Deve ser falha de rede. Devem estar em manutenção. Assim que der, eu corrijo e deixo as notas no site da cadeira, que se calhar também está em baixo.
—Não, o site está online, estive lá ainda agora.
—Se calhar ficou em cache... por aqui está mesmo inacessível.
Mostrei o ecrã do meu computador com a mensagem de erro.
Os alunos viram, olharam um para o outro.
Ok. Obrigado. E saíram.
Eu continuava a não conseguir entrar no servidor.
Abri a minha mochila. Tirei de lá um livro. Bateram-me à porta.
—Entre. — disse.— Entrou um primo meu.
—Olha, o que foi aquela m**** da manhã?
—Se estás a falar do exame, não toquei nele, o gajo fez o exame sozinho, nem me mostrou. Chegou atrasado e fotocopiou em cima da hora. Vi ao mesmo tempo que vocês, mas não me pareceu muito mau.
—Ainda por cima!! Não não falo disso, falo do discurso dele no princípio do exame.
—Olhei para ele como um burro a olhar para um palácio.
—Estás a falar de quê?
E ele contou-me uma história que não me fez sentido nenhum, até mais tarde.
Comecei a olhar para a falta de acesso ao servidor com outros olhos.
Fui ao gabinete de um colega.
—Olha, podes fazer-me um favor? Vê se consegues entrar na minha pasta no servidor.
—Não sei se tenho permissão.
—Tens. Estou aqui a dar-ta.— disse, eu a rir.
E de facto... ele tinha acesso à minha pasta, mas eu não. Emprestei-lhe a minha pen.
—Move a minha pasta para aqui se faz favor. Logo à noite envio-te um ficheiro e colocas aí.
—Que se passa?
—Não sei, mas parece que alguém teve um ataque de loucura, apunhalou-me pelas costas, e vai fazer-me lançar as notas do pessoal de ensino de informática fora de prazo.
Voltei ao meu gabinete com os trabalhos na minha pen. E sentei-me a corrigi-los. Foram passando alunos, a contar detalhes... e a história absurda começou a montar-se.
Durante o exame, de manhã, na sala onde eu não estava, no princípio do exame foi feito um discurso a pedir desculpa por qualquer coisa que alegadamente fiz.
Na minha sala, quando eu me preparava para recolher os exames, passaram a dizer para eu ficar mais algum tempo. E fiquei. Eu estava sem relógio, e o meu telemóvel estava sem bateria...
O tempo foi passando.Eu olhava para a porta. Olhava para os alunos.
"Mas porra, é para eu ficar aqui até quando?"
Olhei para o relógio de um dos alunos. Já achava o tempo exagerado. E recolhi os exames.
Deixei-os no correio e fui para o meu gabinete, sem saber de absolutamente nada. O que eu sei foi-me contado pelos alunos.
Cheguei até a ser acusado de dar mais tempo "aos meus alunos". Detalhe: Não estavam alunos meus dentro da minha sala. Estavam na sala onde foi feito o discurso, e foram eles que me contaram.
Alegadamente ofendi uma aluna com uma piada que foi contada dentro do meu gabinete, e que pus numa secção de piadas de uma mas minhas páginas.
Bem... três pessoas pensaram que a piada era elas, nenhuma achou ofensiva. Quem achou ofensiva não me disse nada.
Não ponho a piada aqui, não vá alguma besta ofender-se.
Portanto uma só pessoa (colega) foi juiza, advogada de acusação e só não foi carrasco. O carrasco foi "un hijo de p***" que nem se deu ao trabalho de averiguar factos.
Está em espanhol, é uma pista para alguém que leia este texto possa identificar o fdp sem eu dar nomes.
É assim que "funciona" a justiça naquele lugar, quando funciona.
No fim do dia seguinte, abri uma página no (agora extinto) geocities, deixei as notas, que segundo o regulamento daquela cadeira, tinham de ser colocadas online, e enviei um redireccionador ao outro meu colega, que, como eu pedi, o deixou na minha pasta.
Os meus alunos de ensino de informática não eram burros.
Sabiam o que era um redireccionador até porque eu tinha-os ensinado a fazer um! Fazia parte da cadeira!
Pela única vez na vida, lancei notas fora de prazo.
Desde 2004 que não voltei ali.
No sítio onde isto aconteceu passaram-se coisas bem mais graves.
A minha versão? Nunca interessou a ninguém.
O leitor está a lê-la pela primeira vez neste blog.
Os anos passaram e de vez em quando eu era contactado por ex-alunos desse tempo.
Num desses contactos, saíu-me da boca algo que ouvi num episódio de Star Trek Voyager, de 1999.
"Fool me once, shame on you. Fool me twice shame on me."
Estamos sempre a aprender. Não quero ser um Júlio César.
Não deixo que me apunhalem, mais do que uma vez mas já tenho uma bela colecção de punhais.
Até à próxima.
PS:
- 2004 está no século XXI!
- Com amigos destes, quem precisa de inimigos?
- UMa vez mais, dali nunca veio sequer um pedido de desculpas. UMa vez mais, a verdade não interessou, só a versão conveniente a certas pessoas(Penso que a conveniência percebe-se lendo um artigo de opinião (ou será "cartas do leitor"?) do DN-Madeira de Junho ou Julho de 2004, de que não sou eu o autor, nem sei quem é)
domingo, 7 de setembro de 2025
Hipocrisia...
Há gente muito desonesta neste mundo. Gente que vive de e para as aparências.
Como já disse algumas vezes neste blog, para muita gente a verdade não interessa...