Domingo, 9 de Fevereiro de 2025

Tabus no século XXI (III)

 


Quando olho para vilões em séries de TV ou filmes, eu recordo alguns dos que conheci na vida real. Fazendo a comparação... alguns dos que eu conheci são piores, e, contrariamente aos da ficção, ganharam! Na vida real, os vilões conseguem ganhar.

Em Lisboa, na fcul tive aulas com uma professora que foi uma das pessoas mais maquiavélicas que conheci. Descaiu-se quando lhe saíu uma frase da boca onde referiu o seminário da minha licenciatura, algo de que eu nunca tinha falado e que eu até tinha tentado esquecer...

Eu já tinha notado que a avaliação da cadeira estava bem viciada. A mulher bombardeava-nos com trabalhos (a tal a quem eu disse-lhe na cara que eu tinha outras cadeiras), e 'dava notas por baixo'. Aquilo deu bronca quando pela segunda vez vi um trabalho mal corrigido. A primeira  podia ter sido um lapso... na segunda, percebi que não. Nesse dia, sem ter aberto a mochila, reparei que ela contradizia algo que eu escrevi.

Apontei para um parágrafo do meu trabalho, e mostrei que a minha mochila ainda estava fechada, para ela nem pensar em me acusar de ter vandalizado/alterado o trabalho. Saíram-lhe duas frases da boca, que me revelaram (uma vez mais) que aquela avaliação não era objectiva. Na primeira frase, insinuou que eu estava ali porque os meus pais estavam a pagar ( não, estava a sair do meu bolso, era eu a pagar e bem caro...), na segunda, bem ... percebi que a avaliação era mais sobre ideias pré-concebidas da mulher, em vez de ter realmente lido os trabalhos. 

Não me pus com meias medidas. Contactei a coordenadora de mestrado, que também se descaiu.
(esta mulher merecia um atestado de incompetência, e cheguei a ficar na dúvida se ela não era senil)

O que é que é que a nota do seminário da minha licenciatura, assunto sobre o qual propositadamente (e por razões óbvias) nunca tinha dito absolutamente nada e até então evitava falar, podia ter a ver com aquela cadeira?
Com base naquela nota especifica fizeram um juizo de valor.

(Aquela Páscoa em que estive de cama, e me acusaram de 'ter ido de férias à Madeira' foi um mimo... a minha família pode testemunhar que durante 5 anos, na Páscoa, não estive na Madeira)

Houve um terceiro professor a falar do seminário e dessa vez eu disse basta. Aqueles imbecis não faziam (nem fazem) ideia do que se passou naquele seminário, e não era eu que ia contar.





Que raio de avaliação 'objectiva' é esta onde se vai buscar um assunto externo do qual os tipos NADA sabem? Já não bastava terem-me vendido gato por lebre e dado algumas cadeiras com conteúdos que não eram os que me foram apresentados quando me candidatei?

Eu passei muitas horas à frente daqueles programas antes sequer de ter considerado candidatar-me. 

[Depois daquele seminário, garanto que eu não iria me meter numa aventura em que pudessem ir buscar assuntos que não dei.]

Não é que um dia quando expus uma dúvida à primeira referida neste post, a mulher me respondeu "Você deu isso em mecânica dos meios contínuos"? [Lei de Murphy: o que pode correr mal, vai correr mal]

O mestrado era de Matemática. Não havia ali ninguém que tivesse conhecimentos de mecânica dos meios contínuos, que nem como opção constava da licenciatura em Matemática naquela faculdade há mais de uma década. 

Eu simplesmente estava a ser sabotado, vítima de uma avaliação viciada, mais uma vez.
Tive várias provas disso.

Portanto não me digam que não é necessária uma avaliação do ensino superior.

Só que estas coisas ainda acontecem e ainda escapam à A3ES.
Não peço uma avaliação perfeita, peço mecanismos que impeçam estas coisas.

Meus amigos, um curso ser acreditado pela A3ES ainda não é garantia de qualidade.
Isto, ainda... é tabu.

Pensem bem nisto se o rumo das vossas vidas vos levar a um curso no ensino (alegadamente) superior.


PS:

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