Ontem notei que o meu blog foi bombardeado com publicidade. Não achei muita piada, pensei que tivesse sido hackeado.
Afinal... depois de 'uma eternidade' decidiram que este blog satisfaz as condições para o serviço adsense e puseram a publicidade à maneira deles.
Simpatizo... mas o blog é meu. Se vai receber publicidade tem de ser de forma não invasiva, que não incomode os leitores. Portanto nos próximos dias vou testar a forma menos aborrecida de o fazer.
Peço alguma paciência.
terça-feira, 13 de maio de 2025
Publicidade.
domingo, 11 de maio de 2025
No turno da noite
Como já referi anteriormente, o meu pai tem Alzheimer. Como eu tenho andado com dores que se recusam a ir embora, de vez em quando 'vigio-o' durante a noite.
Bem... a doença de Alzheimer é outra das coisas que me faz pensar na vida, no rumo da minha e na quantidade de imbecis que encontrei.
Tenho posts com a etiqueta "Para memória futura" porque as pessoas têm memória selectiva e esquecem aquilo que não gostam ou não lhes convém.
Após a minha morte, também não sei por quanto tempo este blog continuará online, nem que eco terão as minhas palavras, se é que terá algum.
O mundo acabará por me esquecer. Como se tivesse Alzheimer. Com uma diferença fundamental: este esquecimento será voluntário, porque eu sou ninguém...
Um ninguém encarregue do turno da noite.
segunda-feira, 5 de maio de 2025
domingo, 4 de maio de 2025
Ghosting (ou a covardia vestida de silêncio)
Fonte : https://www.facebook.com/share/p/1NWDyq6N1i/
Hoje desaparece-se como quem muda de rua, como quem evita a poça, como quem tropeça mas finge que foi de propósito.
Desaparece-se com elegância, dizem.
Com modernidade, dizem. Com wi-fi.
Hoje deixa-se de amar em silêncio, como quem desinstala um sentimento. Desaparece-se de alguém como se se apagasse um erro de ortografia, como se o outro fosse um lapso — e não uma pessoa.
Hoje não se diz que se vai. Vai-se. Sem porta a bater. Sem olhar para trás. Sem coragem.
No meu tempo — esse tempo que não era melhor, mas era mais inteiro — ainda se dizia. Ainda se explicava. Ainda se magoava com palavras, mas pelo menos com palavras. Hoje magoa-se com nada. Com o vazio. Com o clique que não responde.
Ghosting.
A palavra até parece bonita. Mas é só uma forma chique de dizer que alguém te apagou. Não com fúria. Com indiferença. E dói mais assim.
Porque o contrário do amor não é o ódio.
É o sumiço. É a ausência com pernas.
É o “não existes” embrulhado num “não te respondi porque a vida é assim e eu também”.
E o mais triste?
É que aprendemos a aceitar. Aprendemos a esperar por respostas que não vêm.
Aprendemos a calar perguntas que mereciam palco. Aprendemos a encolher o coração para caber nesse silêncio digital.
Mas um dia — um dia — há de haver quem fique. Quem responda. Quem diga. Quem tenha medo, sim, mas que, ainda assim fique para o medo.
E aí, nesse dia, vamos perceber que o que doeu não foi a ausência. Foi ter acreditado que era normal.