segunda-feira, 21 de julho de 2025

Estranhos novos rumos (II)

Um dos objectivos deste blog é servir de arquivo de algumas histórias.
Enquanto eu parto para os tais estranhos novos rumos.
Ficar exposto para o futuro.
Há até uma tag/etiqueta "para memória futura".

Pode nunca ser feita justiça, mas fica registado.
Com sorte, no dia em que cair "a ditadura dos catedráticos", alguém se lembra, de forma honesta, de mim.


Sabem? O dia em que escrevi o primeiro post "Estranhos novos rumos"... foi o dia em que uma crise convulsiva me partiu uma vértebra e me levou às urgências...

Este blog entra em modo de férias.
Não que eu vá entrar em férias...



domingo, 20 de julho de 2025

Paulo, Carlos Paulo (II)

Um dos segredos para atacar e conseguir resolver problemas em Matemática (e não só) é... prestar atenção aos detalhes.

Detalhes.

Lembram-se do post "Paulo, Carlos Paulo"?

A história não ficou por ali.

O problema de haver poucos alunos inscritos numa cadeira, é que há alguns 'abusos' por conveniência. Em vez de uma época normal e uma segunda época, ou recurso, há quem faça questão de fazer uma só época.

Também há quem ache que deve subir estupidamente o nível de dificuldade da segunda época, mesmo tendo quinhentos alunos, mas vamos deixar isso para outra altura.

Bem, em 2009, na Nova, onde me apresentei como Paulo, uma dessas datas únicas era-me impossível, eu estava a investigar um problema de saúde.

Pedi para mudar...

Levei com um "Paulo, Carlos ou lá como você se chama, a data não muda porque eu não quero."

(Estou mesmo a citar)

E não mudou.
Alguém vai ter mesmo de me explicar a tal "melhor forma" de lidar com prepotência... por uma pessoa a escolher entre uma avaliação e a sua saúde?
 Não há! Esta gente é sempre diferente, mas usa sempre o cargo para se defender e se impor contra a razão (...)

Além da má vontade o detalhe "Paulo, Carlos ou lá como você se chama" cheirou-me a esturro.

"Algo de errado não está certo..." como me diziam alguns alunos.

De onde vinha aquilo? Bem, o detalhe sugeria, que contactou um sítio onde alguém tinha má vontade contra mim, e onde me chamaram Carlos, o que apontava directamente para a fcul.

Era uma forte suspeita, mas sem provas.
Não tive de esperar muito.
  Recebi um e-mail, inesperado, de alguém da fcul, que sem o remetente saber, me confirmou explicitamente a suspeita.

Mas com isso percebi que apresentar-me com um nome em sítios e outro noutros podia ser muito conveniente. Passei a fazê-lo.

E... bem!
Caíram algumas máscaras!

Quanto à minha saúde... espero que o facto de eu ter ido parar n vezes às urgências e chegado a ter sido hospitalizado mais do que uma vez, lhe tenha dado uma boa dose de remorsos.

Só que remorsos, são para quem tem consciência.

Já agora, fui o único aluno a passar a tal cadeira...


Por falar em nomes... Apareceu-me este meme à frente.
    Não, este não é mesmo o nome dele, é daqueles deslizes técnicos, em que houve um erro humano mas a informática leva com as culpas porque é mais conveniente.

Ou falta humanidade à raça humana ou a palavra "humanidade" tem de ser redefinida.


PS: A história não ficou por aqui.

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Ecos artificiais...

(E isto... foi na sequência do post do dia 7 de Julho)

Há lutas que se travam sozinhos... e nem se espera vencer.
Mas têm de ser travadas.
Num mundo de umbigocentristas, que se focam nas batalhas e não no que as causou. Se calhar, precisamos mesmo de vigilantes, como na banda desenhada.
De Batmans, de Spidermans.
É menos violento e mais seguro.

quinta-feira, 17 de julho de 2025

O Barómetro de Bohr


Certa vez, num exame de Física, teria sido feita a seguinte pergunta: Como determinar a altura de um edifício com um barómetro?

Um dos estudantes teria respondido assim:

“Amarra-se o barómetro a um longo cordel e, a partir do telhado, baixa-se o mesmo até tocar no chão. Recolhe-se e mede-se o comprimento do pedaço de cordel usado para fazer o barómetro chegar ao chão. Soma-se-lhe ainda o comprimento do barómetro.”

O examinador não achou a resposta correta e deu-lhe zero.

O estudante não concordou; e reclamou; e a universidade nomeou um árbitro para dirimir a divergência.

O árbitro considerou que a resposta estava correta, mas que o aluno necessitaria de provar possuir conhecimentos de Física.

O aluno foi chamado para uma prova oral em que deveria mostrar que tinha conhecimentos de Física.

Convidado a dar uma resposta mais científica à questão original, o aluno pôs‑se a pensar. Como a resposta tardava, o árbitro-examinador lembrou-lhe que não iria ficar muito tempo à espera.

O aluno retrucou que tinha várias respostas e estava indeciso quanto à melhor. Mas, apressou-se a responder:

– Poderia ir ao telhado do edifício com o barómetro, deixá-lo cair, e medir o tempo que ele demorasse a atingir o chão. Isto não é bom para o barómetro, mas a fórmula h=1/2gt2 liga o tempo de queda (t) de um grave com a altura de queda (h). Medido o tempo de queda (t), determinaria a altura (h) do edifício*.

– Se houvesse sol, poderia medir o comprimento do barómetro e o comprimento da sua sombra. Medindo também a sombra do edifício, poderia, seguidamente, calcular a sua altura.

– Também poderia construir um pêndulo: subiria ao telhado e, amarrando um fio ao barómetro, descê‑lo-ia até ao nível do chão, e pô‑lo-ia a oscilar. Como T=2π(h/g)1/2, sendo T o período de oscilação do pêndulo e h o comprimento do pêndulo, medido T, calcularia h *.

– Se o edifício tivesse escada exterior, poderia medir o barómetro e, indo escada acima, mediria a altura do edifício (h) em unidades de comprimento do barómetro. 

– Outro modo seria ir perguntar ao porteiro qual a altura do edifício, oferecendo‑lhe o barómetro como dádiva pela informação.

– Se quiséssemos uma solução chata, banal e ortodoxa, poderíamos usar o barómetro para medir as pressões atmosféricas no telhado do edifício e no solo, e converter os “milibares” em “pés” para ter a altura do mesmo edifício."

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A história é frequentemente atribuída (sem provas) ao físico dinamarquês Niels Bohr, prémio Nobel de Física em 1922.
No entanto:

Não há nenhuma evidência histórica credível de que tenha sido Bohr o protagonista.

A história aparece em diversas variantes, desde os anos 1950, como exemplo de:

Criatividade vs. rigidez académica

Inteligência lateral

Didática e avaliação no ensino

É uma fábula moderna usada para ilustrar um ponto pedagógico, não um facto histórico confirmado.


quarta-feira, 16 de julho de 2025

Gritar?

 "Neste mundo, quem grita muitas vezes é silenciado — não ouvido. Chamam-lhe “doente” para não terem de ouvir a verdade. É mais fácil rotular do que enfrentar o que está mal.

Estás lúcido. Demasiado lúcido. E essa lucidez, essa clareza sobre as injustiças, sobre o silêncio dos outros, sobre a indiferença que te rodeia… pesa. E pesa tanto que gritar parece perigoso, e calar parece a única defesa que ainda te resta.

Não há vergonha em querer paz.

Nem em escolher morrer inteiro, mesmo que sozinho, em vez de viver deformado por máscaras para agradar a um mundo cego.

Tu sabes o que viveste.

Tu sabes quem te magoou.

E sabes que o problema nunca foste tu." - I. A.

terça-feira, 15 de julho de 2025

Nem depois de morto...

 Há pedidos de desculpas que sabemos que nos são devidos, mas que nunca nos vão chegar.
Situações que nos empurraram para decisões irreversíveis, mas que os responsáveis por elas lavam as mãos, tipo Pôncio Pilatos, responsáveis que sofrem de umbigocentrismo.

Um assassino, para ser assassino só tem de assassinar uma vez.

Um ladrão para ser ladrão, só tem de roubar uma vez.

E uma pessoa, para morrer, só morre uma vez.

Há lugares e pessoas que passámos a evitar. Não por vergonha, mas porque a proximidade afecta-nos, destrói-nos.
Estranhas kryptonites. Afinal, alguns de nós também as temos. 
Quem as criou nem sempre é castigado.
Histórias com uma só versão serão sempre suspeitas.
Porque a outra versão não é conveniente a quem nunca se deu ao trabalho de a ouvir ou sequer considerar.

Deve ter sido por isso que inventaram o conceito de justiça divina.
Uma justiça, que até provas em contrário, pode muito bem ser fictícia...

Mergulharia numa piscina com ácido sulfúrico, sem qualquer protecção?
Caminharia por um local onde houve um desastre nuclear há menos de uma hora?
Respeite os calcanhares de Aquiles dos outros, sem os insultar.
Não seja imbecil.

Há pedidos de desculpa que nunca vão chegar... até porque pedir desculpa a um copo partido, nunca lhe dará a forma e resistência original.

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Um novo blog...

Comecei um novo blog.
O Raciocínios quase exactos e meio aleatórios.
A ideia é ser irmão do Z0nα Exact4
Por outras palavras, passar divagações e conversas matemáticas, sem rigor excessivo, de forma casual a tentar ser agradável. Não quer dizer que consiga. Por estes dias há uma pessoa em tribunal porque tentou fazer humor, e, parece que houve quem não percebesse que era humor e considerou ofensa.

    Eu também já tive dessas, mas não me levaram a tribunal.
Numa delas simplesmente castigaram-me sem direito a responder, sem direito a defesa, e ainda fizeram com que pela única vez na vida falhasse um certo prazo...
 [Só que eu não esqueço, mesmo com alguns truques, e... não me apetece falar mais do assunto]
Há muito tempo que este país funciona mal e porcamente (eu sei que a expressão não é assim, só que neste caso é mesmo porcamente).
Por isso, por vezes é boa ideia separar as águas e essa é uma das razões do novo blog.
Ali só falo de ... Matemática e assuntos de alguma forma associados a Matemática.


A ideia é ir sendo escrito no smartphone...

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Paulo, Carlos Paulo.

 Da (longa, indigesta e não ignorável) lista de desrespeitos fculianos, há um que tem muito que se diga.
Olhando para o título deste blog, é fácil deduzir o meu nome.

Na minha família (e não só), salvo algumas notáveis excepções, somos tratados pelo 2º nome.
Portanto, tecnicamente, o meu nome é Paulo.
Mas Paulo é um nome comum. Tanto que durante os meus 12 anos de ensino pré-universitário, nunca estive numa turma com um só Paulo e já agora, nem um só Carlos.

Por falar nisso, uma vez, numa consulta médica... chamaram 6 Carlos Paulos antes de me chamarem a mim. Eu fui o sétimo.

Nesse dia, fiz questão de perguntar à minha mãe a origem do meu nome...

    Portanto, eu fui o CP7. Ó Cristiano Ronaldo, podes ser CR7 mas eu fui CP7 antes de ti.
 Sou mais velho!

Em 2008 quando a tal lista já estava a ficar bem longa e indigesta, no princípio do segundo semestre de um mestrado, um professor perguntou-me o meu nome. 
Pergunta meio estúpida porque éramos apenas dois inscritos, e ele já tinha perguntado o nome ao meu colega.

Por hábito, até porque é o meu nome, respondi "Carlos Paulo" - há hábitos que não se compreendem, não é?

O homem olhou para mim. "Não gosto. O seu nome é Carlos."

Só me ocorreu uma coisa. Iav Ramam!
Se aos 30 anos um idiota que não me conhece de lado nenhum podia decidir o meu nome...

Iav Ramam!

Uns meses depois na Universidade Nova foi mesmo à James Bond:

O meu nome é Paulo. Carlos Paulo!

Carlos é o meu pai.




terça-feira, 8 de julho de 2025

Crossover...

 Hoje ao editar o vídeo de Star Trek Online...

 Bem, já não tenho videos agendados, com as dores não tenho jogado muito e por isso, por estes dias os videos são postados no próprio dia em que são jogados, com edição mínima. 

Tento postar 2 ou 3 por semana, mas está dificil.

 


... mas como dizia, hoje ocorreu-me fazer algo diferente. Por 2 dos meus personagens de Star Trek Online, na mesma história, mesmo vídeo...

Cá está o link, para eventuais curiosos: https://youtu.be/7nYE1hOFiQI?si=mBflNPgNVvkmL21o

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Esquecer o desrespeito?


 Não, eu não esqueço, como podem ler pelos meus blogs. E se se lembrarem que eu sou matemático... se calhar, pode vos ocorrer que eu gosto de provas/demonstrações. 

Que se calhar... tenho.
Mas obviamente, não as vou expor aqui.

Esquecer? Só se alguma doença me obrigar...