Ninguém pensa nisto...


Há dias em que não converso com absolutamente ninguém. Nem sequer sms/chat.
[Não me estou a queixar, estou a declarar...]
Nesses dias, escrevo aqui no blog. A quantidade de textos deste mês é elucidativa.
Se vou obrigar alguém a aturar-me? Não.
O que mais é que eu faço nesses dias? Bem, caro leitor, não é da sua conta, mas não é nada ilegal.
Uma das vantagens de saber matemática e saber utilizá-la... é que facilmente invento formas de encriptar dados. Então, por exemplo hoje, estou a encriptar backups e fazer uploads para a nuvem.

Não.... criptografia, não é informática, a menos que estejam a utilizar pacotes pré-programados por alguém.

Criptografia é Matemática.

O problema de passar muito tempo sozinho é que as pessoas inventam e espalham coisas. Já o disse antes...
Esses boatos têm consequências.
Mas há perguntas simples que se podem fazer: 

  • Isto é verdade? 
  • Como é que este indivíduo sabe?
  • Este tipo é de confiança?
  • Está-me a falar da vida de um desconhecido, pelo nome.

Isto passou-se na minha licenciatura.
Na cadeira de programação, havia uma componente teórica e uma componente (teórico)prática.
As aulas teóricas eram literalmente teoria.
As aulas teórico-práticas eram... mais teoria. Tanto que no semestre inteiro, só ligámos o computador 3 vezes.

Na altura eu não tinha computador em casa. Percebi que para perceber alguma coisa daquela versão de programação ia ter de dedicar tempo extra nos laboratórios. Aquilo não tinha nada a ver com programar uma calculadora. 

Fazia-o sozinho.
E lá se espalhou o boato que eu "era perito" em informática.
Sabem? Tive 13 a programação... porque ainda por cima os computadores da universidade deram-me cabo das disquetes com um trabalho e backup. De facto um 13 é a nota de um perito em informática.

O boato espalhou-se. E eu perdi a paciência. Alguém alguma vez olhou para os meus cadernos de programas de calculadora? Aquilo é Matemática. 
O boato chegou ao ponto de me por em perito em "Unix/Linux"... no final dos anos 90.
[Numa altura em que eu nem sabia isso o que era].

Eu na verdade só mudei para Linux em 2004, (Debian). Antes passei os olhos por Mandrake, Knoppix, mas só depois do fim da licenciatura (acabar o curso era uma prioridade). Só depois de 1999... E a sério, só mesmo em 2004, quando larguei a UMa...

Nos laboratórios de informática juntei-me aos jogadores dali da zona. Fui apresentado a jogos como Dune2, DOOM, QUAKE e Unreal Tournament.

Hoje em dia uso a tecnologia, programo várias linguagens, mas para uso pessoal, nada que tenha utilidade num mercado de trabalho. Gosto de brincar com os meus raspberry pis e com as minhas calculadoras. Cada vez mais sinto repulsa pelo MS-Windows(...)

Contei esta, mas tenho histórias piores.
Há coisas que não passam de boatos. Mas as pessoas continuam a espalhá-los, e acabam a ter impacto negativo na minha vida.

Há poucos anos enquanto estava à espera de uma consulta, fui abordado. Queriam que eu desse explicações de Verilog.
Eu tenho algum material de Sistemas digitais. Comprei e li "por curiosidade" (...quero dizer, há um motivo...)

Estou longe de ser alguém da área. ( ou mesmo interessado )
O meu interesse em Sistemas digitais está relacionado com umas coisas que ando a fazer, e que ninguém sabe.
Eu nem vou tentar perceber como foi que o meu nome aparecer associado àquilo.

Porque é que as pessoas inventam?

Há outros maus hábitos que se ganham passando imenso tempo sozinhos...

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